segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A Era de Napoleão

Napoleão Bonaparte é um dos personagens mais conhecidos de toda História. Grande líder e grande estrategista militar, teve em seu domínio quase a Europa inteira. Com isto, ele expandiu os valores da revolução Francesa e ajudou a enterrar o absolutimos no continente. Porém, ele próprio revogou o regime publicano ao proclamar-se imperador.
A sua maior contribuição, menos divulgada, foi a de consolidar a organização jurídica e administrativa do Estado burguês moderno, bem como favorecer ventos de liberdade que sopraram em toda a América no início do séc. XIX e que levaram à independência da maior parte das colônias.
1. Napoleão no Poder.
Depois do movimento revolucionário de 1789, vários aspectos da nação francesa foram transformado. Alguns privilégios existentes no governo desde a época do feudalismo foram abolidos, e os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade era uma constante entre os franceses, que ele defendia amplamente.
Por outro lado, o país encontrava-se em grande desordem, havia o medo de um grupo político ou outro, ou até mesmo a oposição do governo, como os jacobinos e os monarquistas, tomassem o poder por meio de um golpe do Estado.Foi nesta situação que a figura de Napoleão começou a ganhar destaque e fama ao combater os inimigos da Revolução. Era jovem, e general já! Com a popularidade, junto com o apoio do Exército, ele foi se tornando, aos olhos da burguesia, o único capaz de recompor a França. O que, de fato, fez, mas não como um republicano, e sim como alguém que toma o poder à força.
Isto aconteceu no dia 9 de Novembro de 1799, que no calendário criado pela revolução, correspondia ao 18 Brumário, como ficou conhecido. Neste ano, a crise havia atingido o seu auge. Napoleão, que estava com o seu exército em campanha para no Egito, abandonou-o, voltando para a França. Assim que ele entrou nas ruas de Paris, foi ovacionado. Dias depois, deu o golpe do Estado, tomando o poder.A primeira coisa que Napoleão fez foi dissolver as Assembléias e acabar com o Diretório, ao aprovar uma nova constituição. No lugar do Diretório nasceu o Consulado, que era um órgão executivo dirigido por três cônsules, onde Napoleão era o primeiro deles.
2. O governo de Napoleão.
Napoleão governou a França por dezessei anos. No poder, agiu como um ditador, recebeu do Senado o título de Imperador, e deu fim à Revolução de 1789. Enquanto revolucionário, conseguiu fazer a Reforma Agrária na França, e enquanto liberal, incentivava a prosperidade da burguesia. Recuperou as finanças da França, criou o Banco da França, reorganizou os impostos, melhorou os serviços telégrafos e corrêios, e construiu estradas e pontes.
3. O Império de Napoleão.
A obra mais importante de Napoleão no poder da França foi o Código Civil Napoleônico, principal símbolo da nova ordem. Este código organizava as leis surgidas desdes o início da revolução, e tal código garantia, entre outras garantias, a igualdade entre os franceses, perante a lei e o confisco das terras da nobreza de origem feudal.Para reformar internamente a França, melhorar a economia francesa, Napoleão tentou estabelecer uma trégua internacional. Por outro lado, a Inglaterra, junta com a Àustria, a Prússia e a Rússia, temiam a estabilidade da economia francesa e o que isto podia ocasionar: com uma França forte, Napoleão poderia sair em expansão, tomando e conquistando outros países.Por isto, mesmo depois de Napoleão assinar um acordo de paz com a Inglaterra, ela, junto com estes países que acabei de citar, os quais formavam uma coligação, declarou guerra à França.
O exército de Napoleão se mostrou invencível durante toda a guerra, até dar de frente com a Inglaterra. Esta, por ser isolada pelo mar e ser protegida pela frota marítima mais forte do mundo, representava grande dificuldades para o inimigo. Mesmo assim, Napoleão tentou a sorte, sendo terrívelmente massacrado.
Em razão disto, Napoleão, vendo que não tinha forças para lutar com Inglaterra frente à frente, resolveu tomar outras providências. Primeiro, conquistou a Prússia, tomou a Penísula Itálica e isolou a Àustria. Depois, decretou o Bloqueio Continental contra a Inglaterra: quem negociasse com este país, entraria em guerra com ele.O objetivo era enfraquecer a economia inglesa. Entretanto, porque muitos países, como a Espanha e Portugal, por exemplo, desobedeceu o Bloqueio Continental, obrigando Napoleão entrar em guerra contra estes países. Com isto, a única coisa que Napoleão consegiu foi enfraquecer o seu exército e a economia da França.
Depois de invadir Portugal e França, Napoleão quis invadir a Rússia também, por esta ter lhe desobedecido. O quê ele não sabia era que este país acabaria de uma vez por todas com ele. Derrotado, Napoleão fugiu do exílio, tomou novamente o poder, e conseguiu a aprovação da maioria dos franceses.
Entretanto, seus dias de Imperador não passaram de cem, pois a Rússia, a Àustria, a Prússia e a Inglaterra se uniram mais uma vez para derrotar Napoleão, antes que ele voltasse a ter forças. Isto aconteceu na cidade de Waterloo, na Bélgica, onde ele foi preso pelos ingleses e forçado a viver na Ilha de Santa Helena, na Inglaterra, até a morte, em 1821.
Com Napoleão preso e fortemente vigiado, os países que lhe derrotaram fizeram o Congresso de Viena, onde reafirmaram os valores do Antigo Regime, isto é, os valores anterior à revolução e às idéias napoleônicas. Conseguiram, pois, a França, sem Napoleão, além de ficar enfraquecida, tiveram no poder Lúis XVIII, aquele mesmo que os franceses repudiavam, pois achavam que ele era subordinado dos ingleses e demais, isto é, porque consideravam-no um traídor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário